18 julho 2007

Fábricas da Peugeot registram sexto suicídio em seis meses!



Invertia
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Quarta, 18 de julho de 2007, 15h51

Fonte: Redação Terra

Fábricas da Peugeot registram sexto suicídio em seis meses

"Desde o início do ano, seis operários do grupo automobilístico francês PSA (Peugeot-Citroen) se suicidaram. Segundo a agência Ansa, o último caso ocorreu na segunda-feira, quando um dos funcionários tirou a própria vida na fábrica de Mulhouse, na Alsácia, região nordeste da França.

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O homem de 55 anos, pai de dois filhos e funcionário da empresa há 29 anos, não deixou nenhuma carta explicando os motivos do ato. Uma investigação foi aberta para o caso. O ministro francês do Trabalho, Xavier Bertrand, se disse "preocupado" e os sindicatos questionam sobre as condições de trabalho.

É o quinto operário que se suicida na fábrica de Mulhouse, enquanto o outro caso foi registrado na unidade da PSA de Charleville-Mezieres, em Ardenne, nordeste do país. Em uma carta, o funcionário indicou "as condições de trabalho e as fortes pressões" como as causas de sua morte.

Alguns dias atrás, em uma reunião do órgão interno de apoio psicológico da empresa, composto por um psiquiatra e um assistente social, que contou com a participação da direção e dos sindicatos, foi discutido um plano para prevenir o suicídio. Há duas semanas foi ativado um número de telefone para auxílio psicológico, disponível 24 horas por dia, que permite aos funcionários do grupo exprimir seus problemas.

"Se um trabalhador tem um problema, pessoal ou profissional, pode telefonar e falar com psicólogos de fora da empresa", explicou a direção da PSA Peugeot-Citroen, que disse estar "profundamente comovida e chocada".

"Hoje domina o individualismo obstinado. Cada funcionário está em competição com o outro. Está constantemente com os dirigentes respirando em seu pescoço, os quais estão por sua vez também sob pressão. Nas empresas, desapareceu qualquer forma de humanidade, e não existe nenhum espírito da família nem de amizade", disse Bruno Lemerle, do sindicato de direita CGT.

Mal-estar, senso de culpa e tensão são as principais denúncias dos sindicatos dos trabalhadores da empresa. Para eles, o problema "será resolvido pela base". Há alguns anos domina na empresa um "clima de incerteza", ligado às ameaças de deslocamento e ao desinteresse por atestado de doença, além da "concorrência entre os jovens engenheiros e os velhos técnicos".

Também na sede de Guyancourt da Renault, após três suicídios e uma tentativa, ocorridos nos últimos cinco meses, a direção decidiu lançar um amplo plano de reorganização dos serviços para tentar solucionar problemas ligados ao trabalho.

Após o terceiro suicídio ocorrido nos últimos seis meses na central nuclear de Chinon, o quarto em dois anos, o grupo Eletricidade da França (EDF) anunciou a criação de uma "comissão de escuta e compreensão" para seus empregados.

MORTE POR ACIDENTE DE TRABALHO NO VÔO TAM JJ3054


As notícias sobre o acidente aéreo ocorrido no dia de ontem, 17 de julho em São Paulo, escondem mais uma vez uma realidade que vitima muitas pessoas, o acidente do trabalho.

Obviamente não se trata de acidente de trabalho típico para a maioria das pessoas que estavam dentro da aeronave, porém para muitas delas sim.

Dentro e fora da aeronove, morreram trabalhadores trabalhando.

O estabelecimento dessa relação é importante do ponto de vista didático, mas também moral, para que possamos aproveitar momento tão triste para tantas familias e honrar o nome dos mortos.

Eram advogados, empresários, executivos, operários, funcionários da empresa aérea, piloto e co-piloto, professores, que estavam em situação de trabalho ou indo realizar alguma atividade laboral representando suas empresas em seminários, reuniões, audiências ou mesmo aqueles que estavam em terra e foram atingidos, estavam trabalhando.

A matéria acima fala de trabalhadores se suicidando na fábrica da empresa Pegeout na França, provavelmente motivados pelos métodos de gerenciamento do trabalho implantados, que desconhecem a condição humana. Pressões das chefias, a perfeição sob pena de punição, o estimulo da competição entre os funcionários, provavelmente sejam motivos de tanta infelicidade.

Os profissionais da segurança do trabalho, em especial aqueles que encaram a questão prevencionista com a devida seriedade, devem enfrentar esse grande acidente na perspectiva dos reais motivos dos acidentes que na sua maioria são: descumprimento de normas técnicas, falta de condições de trabalho (excesso, falta de treinamento, desrespeito às condições humanas (pilotos longe de suas familias muito tempo,por exemplo), etc, mas nunca privilegiar a falha humana como principal fator como sempre é divulgado, quem sabe no máximo contribuinte.

AS VITIMAS DO ACIDENTE, TRABALHADORES, DEVEMOS ELEVAR NOSSAS MAIORES CONSIDERAÇÕES E RESPEITO E A SEUS FAMILIARES NOSSOS SENTIMENTOS E UM PEDIDO DE DESCULPAS POR, COM TAMANHA INTELIGÊNCIA, TECNOLOGIA E DINHEIRO QUE TÊM AS EMPRESAS AÉREAS E OS GOVERNOS, PRECISEMOS COLOCAR EM RISCO VIDAS HUMANAS PELOS INTERESSES ECONÔMICOS.

Por Gerson Rocha

17 julho 2007

MAIS UM CASO DE INDENIZAÇÃO POR DOENÇA RELACIONADA COM O TRABALHO


Infelizmente se faz necessário divulgar mais um caso de condenação de uma empresa para que reduza o sofrimento que restou provado ter sofrido uma trabalhadora em decorrência de condições de trabalho ilegais e adoecedoras.

Dessa vez foi a Caixa Econômica Federal na Bahia, que por oferecer durante 22 anos condições de trabalho distantes das normas de ergonomia, deixou uma funcionária inválida para o trabalho.

Reflitamos então sobre a importância da prevenção de acidentes e doenças e da ação moral e ética dos profissionais da Saúde e Segurança do Trabalho, muito especialmente o Técnico de Segurança do Trabalho.

Por Gerson Rocha

A matéria é do Site Terra, conforme segue abaixo:


"Invertia
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Terça, 17 de julho de 2007, 13h13

Fonte: Redação Terra
Justiça
Caixa terá de pagar R$ 240 mil por invalidez de ex-funcionária

A Caixa Econômica Federal foi condenada a pagar R$ 240 mil a uma ex-funcionária, aposentada por invalidez. De acordo com a Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, o banco é responsável pela situação atual da ex-empregada da cidade de Salvador, que teria trabalhado por 22 anos "em condições impróprias, utilizando mobiliário inadequado, em posições anti-ergonômicas, causando-lhe grave e irreversível moléstia".

O site do Tribunal Superior do Trabalho informou que a Caixa apelou de uma primeira decisão, do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (Bahia). A empresa alegou que a lesão por esforço repetitivo poderia ter sido causado por fatores genéticos. Mas a Justiça entendeu que o dano sofrido foi sim de responsabilidade da instituição financeira.

O banco ainda alegou que possui um plano de prevenção de riscos para seus funcionários, desde 1998. Contudo, a ex-empregada ingressou na Caixa em 1976, fato que fez com que a Justiça concluísse que esta medida tomada pela instituição não aconteceu em tempo hábil de evitar os danos à ex-funcionária.

Laudo médico apresentado pela ex-funcionária comprova que ela sofria de lesões nos músculos, tendões, articulações e nervos dos braços e pescoço provocados por movimentos repetitivos. A trabalhadora se aposentou por invalidez em 2000."

http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200707171613_RED_37964859